A maioria das mulheres, além de mãe desempenha diversos papéis na sociedade atual. Assim, equilibrá-los e estar preparada a desempenhá-los é essencial para ser bem-sucedida em cada um deles. Alguns desses papéis até podem ser temporários, mas o ser mãe é algo que perdura apesar do tempo. Como você pode estar pronta para enfrentar os desafios que a maternidade coloca a sua frente? Onde pode encontrar o instrutor qualificado para mostrar-lhe como trilhar seu caminho no decorrer da vida e cumprir o seu propósito como mãe e mulher?

Em seu livro A mulher a quem Jesus ensina, Alice Mathews traz exemplos de várias mulheres que tiveram suas vidas transformadas durante o ministério de Jesus. Entre as narrativas marcantes que apresenta, Alice lança luz especial sobre a história de certa Maria no Novo Testamento, aquela que, diante do anúncio do anjo, diz “sim” ao apelo divino e aceita ser a mãe de Jesus. Aquele que salvaria o mundo das trevas do pecado.

Ser mãe na época de Jesus era um sinal de bênção divina, certamente o coração de Maria encheu-se de alegria com a boa-nova, a despeito dos desafios que posteriormente enfrentaria, mas que traria um novo significado a sua postura como a mãe do Salvador.

“Conhecemos a história do nascimento de Jesus numa inóspita manjedoura em Belém. Ouvimos sobre os pastores que foram adorá-lo e o céu cheio de anjos anunciando o nascimento de Cristo. À luz de tudo isto, presumimos, de alguma maneira, que uma mulher trazendo um bebê tão especial ao mundo fosse poupada da angústia que nós, pais comuns, enfrentamos. Entretanto, Maria se deparou com uma transição ainda mais difícil do que a que você e eu enfrentamos quando nossos filhos amadurecem. Ela teve de aprender a se relacionar de uma nova maneira com seu filho Jesus — não apenas como adulto, mas como Deus. Seu papel de mãe teve de abrir caminho para a nova função de discípula ou seguidora de Jesus Cristo.

Um incidente particularmente doloroso é registrado em Mateus, Marcos e Lucas. Algumas pessoas diziam que Ele estava fora de si. Ainda, outras simplesmente diziam que Ele não estava descansando o suficiente, nem tinha tempo para se alimentar. Maria e seus filhos concordavam com o fato de que Jesus acabaria morrendo se ninguém cuidasse dele. Eles conversaram sobre isso na família e decidiram levá-lo de volta a Nazaré. Eles o manteriam longe da vista das pessoas por um tempo e se certificariam de que Ele estava dormindo o suficiente e comendo nos horários adequados. Assim, partiram para a cidade onde Ele estava ensinando.

A preocupação deles com a saúde de Jesus não era inapropriada.

“Quem é minha mãe e meus irmãos?” Que pergunta a se fazer!

Como Maria deve ter se sentido naquele momento — depois de todos aqueles anos de amor e cuidado pelo filho, desde a infância até o início da fase adulta, ser rejeitada assim? Ela tinha arriscado sua reputação para trazê-lo ao mundo. Ela tinha trabalhado incansavelmente durante Sua meninice para educá-lo com responsabilidade. Agora, ela o ouvia perguntar: “Quem é minha mãe?” e era obrigada a reconhecer que, para Ele, os laços familiares não eram tão fortes quanto ela pensava. De todos os relacionamentos humanos, poucos são mais profundos do que o vínculo entre mãe e filho. Quando vivenciamos a maternidade, nos tornamos parceiras de Deus na criação, na atividade de trazer nova vida ao mundo. Poderia outro elo ser mais forte do que esse?

O difícil caminho do discipulado significava para Maria pôr de lado seu relacionamento especial com Jesus, como Sua mãe, e se relacionar com Ele na família da fé pela obediência a Deus. Será que a Maria mãe conseguiria tornar-se a Maria discípula?

Diferente de Maria, não temos uma relação biológica especial com o Filho de Deus que adentre nosso caminho. Nenhuma de nós jamais teve de trilhar o difícil caminho que Maria trilhou. Mesmo assim, podemos nos encontrar arquitetando maneiras próprias de nos relacionarmos com Jesus Cristo, que são inferiores ao padrão de Deus.

Maria sobreviveu ao conflito que tinha sobre Jesus e Sua missão. Sobreviveu à Sua morte. Ela viveu para vê-lo ressuscitar e ser glorificado. Viveu para tornar-se parte integral da família de Deus quando ela abriu mão do privilégio especial de ser mãe de Jesus e tomou seu lugar como seguidora do Filho de Deus.” —Alice Mathews, em A Mulher a quem Jesus ensina (Publicações Pão Diário, 2015)

Em A mulher a quem Jesus ensina, você poderá conhecer as histórias de várias mulheres cujas vidas foram transformadas por seu encontro com Jesus, narradas nos evangelhos. A autora Alice Mathews compartilha percepções a respeito da experiência de cada uma delas para auxiliar as mulheres cristãs que vivem em um mundo de múltiplas responsabilidades, a conhecerem, seguirem e servirem Jesus. Sua abordagem traz clareza e significado ao relacionamento pessoal com Cristo.

ALICE MATHEWS é a ilustre Professora Emérita “Lois W. Bennett” dos ministérios de Ensino e de Mulheres no Seminário Teológico Gordon-Conwell. Também é internacionalmente conhecida por ter participado durante muitos anos do programa de estudo bíblico no rádio — Discover the Word (Descubra a Palavra) — produzido por Ministérios Pão Diário. É palestrante requisitada para conferências e igrejas.